Autor: Martin Heidegger
Quando a tecnologia e o dinheiro tiverem conquistado o mundo; quando 
qualquer acontecimento em qualquer lugar e a qualquer tempo se tiver 
tornado acessível com rapidez; quando se puder assistir em tempo real a 
um atentado no ocidente e a um concerto sinfônico no oriente; quando 
tempo significar apenas rapidez online; quando o tempo, como história, 
houver desaparecido da existência de todos os povos, quando um 
esportista ou artista de mercado valer como grande homem de um povo; 
quando as cifras em milhões significarem triunfo, - então, justamente 
então – reviverão como fantasma as perguntas: para quê? Para onde? E 
agora? A decadência dos povos já terá ido tão longe, que quase não terão
 mais força de espírito para ver e avaliar a decadência simplesmente 
como... Decadência. Essa constatação nada tem a ver com pessimismo 
cultural, nem tampouco, com otimismo... O obscurecimento do mundo, a 
destruição da terra, a massificação do homem, a suspeita odiosa contra 
tudo que é criador e livre, já atingiu tais dimensões, que categorias 
tão pueris, como pessimismo e otimismo, já haverão de ter se tornado 
ridículas.
Sobre o autor: Martin Heidegger
Filosofo alemão que é seguramente um dos pensadores fundamentais século 
XX. Inscreveu-se no partido Nazi (NSDAP) em 1 de Maio de 1933, tendo 
posteriormente sido nomeado reitor da Universidade de Freiburg. Porém, 
pouco depois se demitiu do cargo de reitor, se colocando contra a 
perseguição, de cunho anti-semita, a professores da universidade.
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