Autor: Mário Quintana
A vida são dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas! 
Quando de vê, já é sexta-feira! 
Quando se vê, já é Natal... 
Quando se vê, já terminou o ano... 
Quando se vê não sabemos mais por onde andam nossos amigos...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. 
Quando se vê passaram 50 anos! 
Agora é tarde demais para ser reprovado... 
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casaca dourada e inútil das horas... 
Eu seguraria todos os meus amigos, que Já não sei como e onde eles estão e diria: vocês são extremamente importantes para mim.
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
Dessa forma eu digo, não deixe de fazer algo que gosta devido a falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. 
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Sobre o autor: Mário Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista 
brasileiro. Na década de 40, Quintana é alvo de elogios dos maiores 
intelectuais da época e recebe uma indicação para a Academia Brasileira 
de Letras, que nunca se concretizou. Sobre isso ele compõe, com seu 
afamado bom humor, o conhecido Poeminha do Contra.
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