quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Amor em poucos cliques - Capítulo 3

A vida é a algo impossível de se definir. Certa feita me perguntaram o que era a vida e disse a coisa mais sábia a se dizer quando se é perguntado sobre isto, respondi - Ora não sei! Porém eu sei o que é viver.
Viver é algo extremamente arriscado de se fazer e que fazemos sem entender direito porque.
Rosa não pensava assim, ela vivia tudo com muita intensidade. Sorrir, chorar, gritar, ficar muda, tudo isto fazia parte do cotidiano de Rosa, ela era uma romântica compulsiva.
Não ouvia as músicas do Snow Patrol sem chorar e ficava tristonha às pencas quando ouvia o Radiohead.
Alguém poderia me informar por que inventaram essas bandas? Devia ser proibido fazer música desse jeito.
Rosa chorava, mas quando pensava que encontraria o seu grande amor, logo retomava o plumo, sorria de novo e continuava a vida. Conhecia poucas pessoas, pois morava no interior, mas com o advento das redes sociais e a possibilidade de conhecer pessoas à distância, lhe aquecia o coração.
Rosa queria conhecer alguém que fosse sensível, a compreendesse, a amasse e fosse bonito. Do último ela até abriria mão por causa dos outros atributos. Mas difícil não é achar homem bonito, difícil é encontrar alguém disposto a compreender, amar e se sensibilizar.
---------
De longe Cristian trabalhava como um condenado.
Passou a ter dois empregos, desenvolvia software de dia e de madrugada trabalhava num site de relacionamento a pedido de seu amigo Caetano.
Caetano era um cara esperto e descolado, tinha facilidade de relacionamento e principalmente, era um sucesso com as mulheres.
Pensando no universo feminino, ele pensou numa rede social que fosse perfeita para as mulheres encontrarem alguém que lhes interesse. Era um site totalmente novo e tinha funções onde era possível saber tudo sobre o rapaz que as meninas quisessem. Afinal, pensava Caetano, poucos homens sabem o que realmente interessa para as mulheres.
Caetano tinha razão e consegui um investidor para montar o site, queria ser o novo Mark Zuckerberg, claro dadas as devidas proporções.
Cristian que, de mulher nada entendia, trabalhava arduamente no site de Caetano, virando madrugadas e destruindo seus estudos.


Continua

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Amor em poucos cliques - Capítulo 2

A quilômetros de Rosa alguém leva uma vida agitada, muito trabalho, muito estudo, muitos pensamentos e pouco tempo para si.

Este é um dos maiores problemas da atualidade, pois as pessoas acabam sendo obrigadas a pensar em muitas coisas e se esquecem do que realmente importa, que é justamente aquilo que que pedem para as pessoas pensarem. E quase todos esses pensamentos tem a ver com a manipulação de papeis coloridos com números impressos, Sim, estou falando de dinheiro, este ente de nossa existência, este ser de vida própria, que enlouquece quem não o possui e também quem o possui.

O rapaz em questão é Cristian, estudante de economia, paga caro em uma faculdade particular e precisa trabalhar muito para pagar sua faculdade, mas ele é inteligente e se enquadra no grupo de usuários de internet que nada tem a ver com Rosa.

Cristian é daqueles NERD's que desenvolvem sites e programas de computador. Ele desenvolve para uma empresa que lucra muito graças a ele. Só que Cristian odeia o próprio trabalho , na verdade são poucas coisas que Cristian gosta.

Seu único amigo Caetano, não perde seu tempo convidando-o para sair, Cristian gosta de ficar em casa vendo o tempo passar, ouvindo seu disco favorito o “dark side of the moon”, que caro leitor, me desculpe a franqueza mas se você não sabe de que banda é, feche logo o livro e faça uma pesquisa, ninguém pode passar pela terra sem conhecer este disco.

Cristian odeia sua vida, ele adora ler Karl Marx, ou seja, ele realmente odeia a própria vida. Sua vida é regrada pelo pouco dinheiro e por uma espécie de código que ele mesmo houvera criado, de como viver a vida sem desperdícios. Pobre Cristian, desperdiçava a própria vida.

Bom para terminar de encher a página e para parecer que eu leio e admiro Machado de Assis , vou dar as características físicas dele, se você caro leitor também odeia isto, pode pular para o próximo capítulo, porque só falarei disto.

Cristian era meio gordo, o que não ajuda muito a definir o cara, tinha uma barba eternamente por fazer e um cabelo muito estranho que eu não consigo aqui dar uma definição adequada para ele. Afinal é muito estranho, surreal e cheira mal.

Ele não se cuida muito e pensa que está fazendo o certo pois não está gastando seu dinheiro com a própria vaidade. Ele julga-se um intelectual, mas porque trabalha muito não consegue ler todos os livros que seus professores lhe exigem e nem estudar para as muitas provas que faz. Sendo assim suas notas são sempre razoáveis e ele vive de recuperação por não conseguir se concentrar nos estudos.

Ao contrário de Rosa que esperava encontrar um grande amor, Cristian esperava por uma parceira sexual e se masturbava diariamente imaginando quando a encontraria, pois havia tido uma única transa, e foi desastrosa.

A menina era complexada e tinha medo do pênis dele, não porque fosse grande ou grosso, mas porque era estranho. É, Cristian precisava de cuidados e também de quem cuidasse dele.

Minto Enquanto Posso - Uma viagem pelo universo criativo de Andréa Del Fuego


Recentemente tive um encontro como um livro de uma nova escritora brasileira, Andréa Del Fuego, em seu interessantíssimo "Minto Enquanto Posso". Ela me impressionou por várias razões.
Primeiro pelo maravilhoso jogo de palavras em suas contracapas, depois me vi diante de uma obra de microcontos, que desnuda personagens com uma linguagem crua, firme e fascinante.
É um daqueles livros que lemos em minutos, apesar de serem de microcontos, sem uma conexão entre si, faz com que não se queira parar de ler.
Outra coisa que Del Fuego mostra nesta obra é que a nova literatura está cada vez mais sintética. E isto é bom, a noção de tempo é outra, é curta, é de um ponto a outro e assim vai.
Parabéns a Del Fuego por este livro e tomara que as pessoas o vejam muito além do erótico.

As consequencias da modernidade segundo Giddens

Giddens desenvolve um raciocínio bastante pessimista ante a modernidade. Este novo modo de vida,
que surgiu na Europa durante o século XVII e se tornou aos poucos mundial, roubou do indivíduo a
sua individualidade, deixou o homem imerso em um enorme vazio, onde ele está plenamente
desorientado.
O homem moderno não foi preparado para mudanças tão radicais em seus valores, convicções e
percepções da vida. Ele não consegue mais se objetivar em seu trabalho e nem consegue lidar com
máquinas que o imitam e o substituem.
Nesta angústia o homem começa a perder sua humanidade.
Para explicar este movimento em direção ao nada, Giddens utiliza uma visão histórico­dialética para
analisar a sociedade em questão. Esta visão dialética é a responsável pela dinâmica histórica que a
modernidade conduz o homem.
Segundo ele há um desencaixe espaço­tempo na sociedade moderna.
O homem pré­moderno, possuia um contato maior com a natureza e com sua vila. Este
contato lhe proporcionava uma ambientação diferente ante ao tempo que era medido pela sua
percepção natural.
O que não acontece na modernidade. O homem moderno utiliza o relógio, algo que em nada
se assemelha com a natureza para estabelecer suas noções temporais.
A modernidade também mudou a forma do homem se relacionar com os espaços, sua visão
de mundo era limitada o que lhe trazia a um contato maior com o seu próximo.
Com isso, Giddens faz uma análise da visão de pensadores do século XIX, buscando
acrescentá­los a forma de entender o processo de modernização. Marx enxergava todo processo de
modernidade como um processo dialético que com a queda do modo de produção capitalista se
extinguiria para o surgimento de um modo de produção mais preocupado com o ser humano.
Durkheim enxergava na industrialização a possibilidade de uma existência mais harmoniosa onde os
valores individuais e a divisão do trabalho possibilitariam ao homem maior capacidade de
desenvolvimento como tal. Weber via com pessimismo este novo mundo moderno, pois ele se
controi na degeneração da criatividade e na perda da autonomia dos individuos.

Anthony Giddens (18 de janeiro de 1938, Londres) é um sociólogo britânico, renomado por sua Teoria da estruturação. Considerado por muitos como o mais importante filósofo social inglês contemporâneo, figura de proa do novo trabalhismo britânico e teórico pioneiro da Terceira via, tem mais de vinte livros publicados ao longo de duas décadas.

Do ponto de vista acadêmico, o seu interesse centra-se em reformular a teoria social e reexaminar a compreensão do desenvolvimento e da modernidade.

As suas ideias tiveram uma enorme influência quer na teoria quer no ensino da sociologia e da teoria social em todo o mundo. A sua obra abarca diversas temáticas, entre as quais a história do pensamento social, a estrutura de classes, elites e poder, nações e nacionalismos, identidade pessoal e social, a família, relações e sexualidade.

Foi um dos primeiros autores a trabalhar o conceito de globalização.

Mais recentemente tem estado na vanguarda do desenvolvimento de ideias políticas de centro-esquerda, tendo ajudado a popularizar a ideia de Terceira via, com que pretende contribuir para a renovação da social-democracia.

Foi Director da London School of Economics and Political Science (LSE) entre 1997 e 2003. Anteriormente foi professor de Sociologia em Cambridge. Muitos livros foram publicados sobre este autor e a sua obra. Foram-lhe concedidos diversos títulos honoríficos.

Foi co-fundador, em 1985, de uma editora de livros científicos, a Polity Press.

Giddens trabalhou como assessor do ex-Primeiro-ministro britânico Tony Blair.

Fonte: Wikipedia

Sociologia e Imaginação Sociológica

De onde vem a sociologia?

O século XVIII foi um século de profundas transformações na estrutura da sociedade européia. Estas transformações modificaram todo um cenário de uma relativa estabilidade (característico das sociedades pré-capitalistas) vivida até então e colocaram. Estas mudanças colocaram o homem europeu no centro de um verdadeiro furacão histórico.
Neste ambiente conturbado, o homem se vê em meio a duas revoluções, a francesa, com a vitória da burguesia sob a nobreza e a industrial que retirou o homem do campo e o levou à cidade, acabou com o ofício do artesão, transformando-o em empregado fabril.
A sociedade então é vista como um problema a ser resolvido e para solucionar as variáveis desta equação surge o pensamento sociológico,
Diferentemente de outras ciências, a sociologia não é criação de um homem, nem de uma escola de pensamento localizada em uma nação, tampouco possui data de nascimento, mas sim, surge da junção de um contexto social completamente novo e desafiador que incluiu o homem em um imenso vazio cercado pelas incertezas.
Conclui-se que a sociologia é a ciência que insere o homem na sociedade e a sociedade no homem. Complexa para uns, estimulante para outros, a sociologia é a ciência que vem tentando salvar o homem de seu vazio social.

Imaginação Sociológica

Segundo C. Wright Mills, a imaginação sociológica é uma qualidade de espírito que permite ao homem enxergar além de suas possibilidades pessoais imediatas. Ou seja, lhe permite ir além de suas impressões imediatas e corriqueiras.
Isto permitiria ao homem a condição de entender-se em seu meio social e se libertar de tudo que lhe prende, fazendo-o compreender as razoes que lhe imputaram sua atual condição.
A imaginação sociológica é a chave para a compreensão dos contrastes da sociedade, do valor simbólico dos menores atos e da compreensão das diversas formas de organização social.

Amor em poucos cliques

Existem pessoas que nascem apaixonadas, amam quase que vício, não lhe importa se esse amor é correspondido, louco ou platônico. Parece que amar faz parte do DNA de algumas pessoas. Rosa era uma dessas, diariamente passava o seu dia pensando no amor de sua vida, idealizava cada detalhe, seu rosto, cor dos olhos, cabelo, nacionalidade, profissão, dentre outros detalhes os quais me recuso a listar, porém ela não se importaria se fosse diferente, ela queria simplesmente encontrar este amor.

O advento da internet parecia ser uma aliada de Rosa, diariamente entrava e se conectava aos milhares de amigos, contatos e até seguidores que tinha nas várias redes sociais das quais era usuária.

O termo usuário é extremamente apropriado para Rosa, ela vive sua conectada. Antigamente isto era para os NERD's, pois era necessário certo nível de especialização para se conectar a tantas pessoas ao mesmo tempo. Mas, nem o NERD mais animado seria capaz de imaginar que um dia seria tão fácil se acessar a tantas pessoas ao mesmo tempo.

Rosa passava longe de ser uma expert em informática, qualquer problema era razão para clamar pelo suporte técnico de Carlos, o técnico mais próximo para qualquer problema.

Carlos era um rapaz simples, de hábitos comuns para os nossos dias. Após atender centenas de pessoas como Rosa e após ajudar a tantos internautas, chegara a sua hora. Sempre a noite ele se conectava aos seus amigos, seguidores, contatos e coisas do tipo. Ficava ali até horas a fio.

A vida de ambos tem algo em comum, ambos viviam online, mas se sentiam sozinhos, ambos eram pessoas românticas e acreditavam no mesmo, sentiam o mesmo e queriam conhecer alguém que os fizesse feliz.

Não sabiam eles que suas vidas mudariam completamente.

Continua

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ser ateu

Ser ateu não é moleza!
A gente realmente é hostilizado!
A cada comentário que nós ateus fazemos, mesmo respeitando a religião alheia, a gente recebe uma dose extra de preconceito, como se não crer fosse o maior dos crimes. Já me igualaram a criminosos e já ouvi gente dizer que o fato de ser ateu é o maior erro e que por isso possuo caráter.
Francamente, a vida ficou mais complicada quando larguei a fé, porém precisava ser honesto comigo mesmo e não podia vagar pelos templos religiosos somente para agradar minha família.
Tá difícil!
Não posso compartilhar minhas dificuldades, nem mesmo com o meu irmão, que era a pessoa a qual eu julgava a mais esclarecida da família.
Só me resta a blogosfera e escrever para que alguém leia, ou não, tanto faz, já me sinto um pouco melhor!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O início de tudo - Parte 1

Do que é capaz o amor? Do que é capaz a intolerância?
Esta história pode mostrar um pouco de seus limites, das suas agruras e dos seus porques?