quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

As consequencias da modernidade segundo Giddens

Giddens desenvolve um raciocínio bastante pessimista ante a modernidade. Este novo modo de vida,
que surgiu na Europa durante o século XVII e se tornou aos poucos mundial, roubou do indivíduo a
sua individualidade, deixou o homem imerso em um enorme vazio, onde ele está plenamente
desorientado.
O homem moderno não foi preparado para mudanças tão radicais em seus valores, convicções e
percepções da vida. Ele não consegue mais se objetivar em seu trabalho e nem consegue lidar com
máquinas que o imitam e o substituem.
Nesta angústia o homem começa a perder sua humanidade.
Para explicar este movimento em direção ao nada, Giddens utiliza uma visão histórico­dialética para
analisar a sociedade em questão. Esta visão dialética é a responsável pela dinâmica histórica que a
modernidade conduz o homem.
Segundo ele há um desencaixe espaço­tempo na sociedade moderna.
O homem pré­moderno, possuia um contato maior com a natureza e com sua vila. Este
contato lhe proporcionava uma ambientação diferente ante ao tempo que era medido pela sua
percepção natural.
O que não acontece na modernidade. O homem moderno utiliza o relógio, algo que em nada
se assemelha com a natureza para estabelecer suas noções temporais.
A modernidade também mudou a forma do homem se relacionar com os espaços, sua visão
de mundo era limitada o que lhe trazia a um contato maior com o seu próximo.
Com isso, Giddens faz uma análise da visão de pensadores do século XIX, buscando
acrescentá­los a forma de entender o processo de modernização. Marx enxergava todo processo de
modernidade como um processo dialético que com a queda do modo de produção capitalista se
extinguiria para o surgimento de um modo de produção mais preocupado com o ser humano.
Durkheim enxergava na industrialização a possibilidade de uma existência mais harmoniosa onde os
valores individuais e a divisão do trabalho possibilitariam ao homem maior capacidade de
desenvolvimento como tal. Weber via com pessimismo este novo mundo moderno, pois ele se
controi na degeneração da criatividade e na perda da autonomia dos individuos.

Anthony Giddens (18 de janeiro de 1938, Londres) é um sociólogo britânico, renomado por sua Teoria da estruturação. Considerado por muitos como o mais importante filósofo social inglês contemporâneo, figura de proa do novo trabalhismo britânico e teórico pioneiro da Terceira via, tem mais de vinte livros publicados ao longo de duas décadas.

Do ponto de vista acadêmico, o seu interesse centra-se em reformular a teoria social e reexaminar a compreensão do desenvolvimento e da modernidade.

As suas ideias tiveram uma enorme influência quer na teoria quer no ensino da sociologia e da teoria social em todo o mundo. A sua obra abarca diversas temáticas, entre as quais a história do pensamento social, a estrutura de classes, elites e poder, nações e nacionalismos, identidade pessoal e social, a família, relações e sexualidade.

Foi um dos primeiros autores a trabalhar o conceito de globalização.

Mais recentemente tem estado na vanguarda do desenvolvimento de ideias políticas de centro-esquerda, tendo ajudado a popularizar a ideia de Terceira via, com que pretende contribuir para a renovação da social-democracia.

Foi Director da London School of Economics and Political Science (LSE) entre 1997 e 2003. Anteriormente foi professor de Sociologia em Cambridge. Muitos livros foram publicados sobre este autor e a sua obra. Foram-lhe concedidos diversos títulos honoríficos.

Foi co-fundador, em 1985, de uma editora de livros científicos, a Polity Press.

Giddens trabalhou como assessor do ex-Primeiro-ministro britânico Tony Blair.

Fonte: Wikipedia

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