quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A verdade que se espera

     Questiona-se muito sobre a efetiva necessidade de uma revisão histórica relativa aos atos ocorridos dentre o período de 1964 a 1985, onde o Brasil esteve imerso em um regime ditatorial de exceção, porém, esta revisão é de sumária importância para o adequado entendimento dos fatos ocorridos a seu tempo, pois existem pessoas carentes de respostas sobre seus entes queridos e para que as trevas deste tempo se dissipem por completo.
     No entanto, a condução dos trabalhos tem admitido um viés ideológico que criminaliza todo e qualquer militar, ainda que seja no inconsciente coletivo, e sacraliza os militantes dos partidos donos atuais do governo, que à época militavam em guerrilhas armadas, objetivando uma revolução socialista no Brasil, ou seja, trocar a ditadura militar pela "ditadura do proletariado".
     Logo, historicamente falando, a ditadura militar brasileira foi cruel e violou gravemente os direitos humanos, porém a "ditadura do proletariado" proposta era ainda mais violadora, vide os exemplos soviéticos, cubanos e similares.
     Indubitavelmente, urge saber o que de fato houve neste tempo, porém uma democracia de verdade nasce do livre debate entre os atores históricos de fato envolvidos e não da supressão dos fatos efetivos em prol de uma "verdade do partido".
     Como dizia George Orwell, em "1984", "quem controla o presente, controla o passado e quem controla o passado controla o futuro", cabe ao Brasil debater e construir um futuro onde os direitos humanos e a verdade jamais voltem a ser desrespeitados.
      Porém, em tempos de leninismo no poder, aguardar um bom e legítimo debate é ser excessivamente inocente.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Sem tucanar! Conhecer Lênin dá medo

     Terminei hoje a excelente obra do historiador de Harvard Richard Pipes "Historia Concisa da Revolução Russa" e fiquei abismado com o desenrolar dos fatos que precederam a Revolução Russa e termina na sucessão de Lênin pelo maior tirano que nossa história conheceu, Stálin.
      Sim, Stálin foi o pior de todos os tempos, além de ser cruel com os contrários ao Partido Comunista, ele matava membros do Partido que tinham potencial de criar uma oposição a ele, vide o exemplo do lamentável Trótsky, (que seria o natural sucessor de Lênin, mas não conseguiu por pura falta de habilidade política) assassinado pouco tempo depois da morte de Lênin. Stálin, além de matar russos, foi responsável pela morte de milhões de ucranianos e, tal qual Hitler, Lênin e Stálin foram responsáveis por um enorme genocídio de judeus, ciganos, poloneses, alemães, padres e por ai vai.
      Mas o mais assustador de tudo é estudar o perfil psicológico de Lênin e dos geradores do poder revolucionário. A mente leninista é extremamente semelhante com a mente dos atuais esquerdistas brasileiros e o argumento dos "intelectuais revolucionários" tem um modus operandi muito semelhante aos militantes petistas, comunistas e coisas do tipo atualmente.
      Quando li sobre o gosto sanguinário de Lênin tremi, senti medo, mas mais medo ainda senti quando vi a atual presidenta discursar no congresso do PC do B com uma foto enorme de Lênin atrás de si. Penso que o Brasil está entregue às mãos de gente que admira um dos mais sanguinários líderes de todos os tempos e como diz o ditado popular "diga-me com quem tu andas que te direi quem és!". Honestamente, quem admira Lênin e sua trupe ou é ignorante ou é mal caráter.
      Tenho por certo que vários dos caros leitores me criticarão e dirão que sou ignorante e reaça. Bom, convido aos discordantes para um debate e apenas isto. Mas a diferença entre eu e essa gente que admira Lênin é que enquanto eu quero o debate de ideias, eles querem destruir quem se opõe.
      Que Deus nos proteja dessa gente!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Corta Pra Mim - Como um hífen se torna um ícone

    Terminei ontem a leitura do livro "Corta Pra Mim" do comunicador Marcelo Resende, falo comunicador porque ele vai muito além de um jornalista, Marcelo consegue falar aos seus espectadores com uma habilidade ímpar, comparável a um Silvio Santos e Alborguetti.
     Sei que este tipo de programa é altamente criticado por nosso círculo de "mentes inteligentes" que pensam além desse "olhar reacionário", mas não é isto que trago em questão.
     A grande questão aqui habita na qualidade de narrativa e no ritmo com que Marcelo Resende impõe às suas histórias, sem exagerar na ênfase e nem esquecendo de detalhes interessantes que de fato fazem suas histórias terem todo o sentido. A voz de Marcelo Resende ecoa na mente enquanto se lê cada história e não se consegue parar de ler, coisa para poucos.
     Não posso me estender para não contar as histórias sem atrapalhar àqueles que querem ler esta bela obra, sendo assim termino este post aqui. Tenho muita coisa para contar sobre aquilo que senti lendo este livro, mas aí já é outra história.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Luz dos olhos

Havia uma escuridão profunda em minha alma,
tudo em negritude e imprecisão.
Havia um peso em minhas costas,
mas na escuridão não via o que me pesava.
Havia uma prisão
e no escuro não via a saída.

Minha musa é uma Luz!
Luz que me mostra o caminho!
Luz que me tira da prisão!
Luz que me faz ver a realidade!

Sem minha Luz só vejo vultos.
Sem ela as sombras tomam conta de mim!

A Luz de seus olhos me fazem ver o que há de bom na vida

Minha Luz é um sol a raiar na meia noite!

E, apesar desses tempos de tempestade que passo,
minha Luz me faz poetizar!

Minha Luz brilha cada vez mais.
Quanto mais a vejo mais brilho e cor ela possui

e minha mente com isto intui,
que não quero para escuridão mais olhar!

O Mínimo de Olavo

    Terminei de ler recentemente "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota", do escritor e pensador Olavo de Carvalho. Longe de mim ter me tornado um Olavete, preciso aprender muito para isto, de modo que, ainda preciso romper com toda a parafernalha intelectual que eu tinha aprendido e apreendido até aqui.A obra que trata de um somatório de artigos publicados pelo referido autor, a qual, a gama de assuntos abordados chega a deixar nauseado qualquer um que não esteja disposto a um desafio intelectual.      De críticas ao petismo e a esquerda governante, à filosofia moral e metafísica da religião. A quantidade e qualidade dos textos chega a assustar os incaltos. De toda forma, Olavo abriu os meus olhos para um sem número de problemas no meu pensar que faziam de mim um idiota.
   Idiota na melhor ascepção da palavra, do grego idios "o mesmo que todos", pensava eu tal qual a maioria que não sai do lugar comum do pensamento trinomial Marx/Nietzsche/Foucault.
   Entender o mundo é extremamente mais complexo que tentar mudá-lo. Entender a profundidade do pensamento clássico, das construções do entendimento da metafísica da religião, das complexas questões lógicas da epistemologia e, sem deixar de lado, a ausência total de um debate público efetivamente plural e honesto.
    Entender o mundo é um desafio para quem está disposto à correr uma maratona e não uma corrida de 100 metros rasos. Exige resistência, persistência e boa vontade, sem jamais deixar de lado a profundidade do sentimento para com a espiritualidade.
    O Mínimo do Olavo é mais que aquilo que estamos acostumados a ouvir em nossas faculdades e nos debates dessa máfia de "pensadores" brasileiros.
    No fundo nada tenho a acrescentar a esta obra, apenas afirmo que esta leitura a cada dia tem se tornado mais e mais necessária.