terça-feira, 3 de maio de 2011

Estrelas mudam de lugar!!!!

Maria conheceu Samantha numa tarde ensolarada de domingo.
Samantha já conhecia Maria, achava Maria a mulher mais linda do mundo, procurou contatos, pesquisou em redes sociais, conversou com amigos, enfim, fez um trabalho de detetive para conhecer sua musa.
Naquela tarde ensolarada de domingo, Maria estava no parque ecológico, sentada em um banquinho e tomando um sorvete. Ela olhava a paisagem, via crianças brincando e descansava de sua vida corrida.
Ela havia terminado uma relação com Fabiano faziam 2 meses. O relacionamento terminou sem grandes traumas, afinal, Maria era uma moça bem resolvida, tinha um bom emprego, ganhava um bom salário e tinha planos para o futuro.
Fabiano não fazia parte de seus planos, ele queria tudo muito sério, pensava em casar e montar uma família. Pensava também em conseguir um emprego melhor e dar a Maria condições de ficar por conta da casa.
Fora de cogitação! Maria era uma analista de sistemas muito competente, vinha numa crescente na multinacional em que trabalha, não abriria mão de seu futuro para ser a esposa dos sonhos de Fabiano.
Maria então abriu o jogo e Fabiano, machista que é, não aceitava a ideia de que ela não poderia abrir mão de tudo pelo amor entre eles.
Que amor que nada, Maria não amava Fabiano, namorava com ele para não ficar carente e porque gosta muito de sexo.
Para Maria o sexo é sagrado e naquela tarde de sábado tinha consigo a sensação desagradável de não ter ninguém para compartilhar de seu ritual sagrado de contemplação do prazer e de tudo que o seu corpo tinha de melhor a lhe oferecer e ao parceiro em questão.
Apesar de tudo, Maria gostava de ter um parceiro fixo. Segundo ela facilita tudo e é melhor pois as coisas estão claras entre eles desde o começo. Ela não tinha o hábito de transar com alguém no primeiro encontro, raramente transava com alguém que não fosse ao menos amigo.
Samantha não era amiga de Maria, apesar de conhecê-la melhor que muitos de seu círculo de amizade. Ela sabia dos gostos de Maria e de tudo que ocorrera em seu último relacionamento.
Mesmo assim, não pensou duas vezes. Samantha se aproximou, olhou nos olhos de Maria, olhou como se a fosse devorar. Olhou como uma mulher e um homem ao mesmo tempo, sentou-se ao lado de Maria e não perdeu tempo.
- Bonita tarde hein!
- Realmente, está um dia maravilhoso. - responde Maria inabalável.
- Você não me conhece, mas eu sei quem é você!
- Como assim?
Maria, sem entender, se assusta e começa a olhar com medo para Samantha.
Samantha segura o rosto de Maria, passa a mão por sua nuca, puxa levemente seus cabelos, fita-lhe um olhar mais profundo, beija-lhe o canto da boca e com a outra mão toca as coxa esquerda de Maria.
As duas continuam se olhando e Maria sente algo diferente em seu corpo.
Samantha, pega em sua mão e conta sobre como a conheceu e o quanto a conhecia e a amava.
Maria, que não é de cair em papo de homem, facilmente vai se entregando para uma mulher. Seus olhos vão marejando, sua boca se enche de desejo, suas mãos suam e então Maria segura na nuca de Samantha e lhe beija. Beija, como se fosse uma adolescente que não se importa com o que está acontecendo ao seu redor.
Distintas senhoras, passam pelo caminho e viram o rosto. Homens gritam vitupérios e crianças viram o rosto sentindo nojo.
Para elas não importa, o sol está se pondo e o beijo não termina. Então Maria, excitada como uma virgem, olha para Samantha.
Samantha entende o que Maria quis lhe dizer.
Ambas vão para um motel barato próximo ao parque. Quem se importa com os lençois ou com a feiura do quarto?
Neste quarto estranho, elas se entregam. Maria tira logo a roupa e Samantha sem pestanejar toca sua amada. Por fim, o céu começa a mudar, noite chega enfim e elas ainda estão se amando.
Maria nunca mais seria a mesma. Samantha se sentia em um sonho.
Ambas vêem estrelas mudando de lugar, ambas vêem o mundo mudando de cor. Ambas vêem que o amor é maior que o prazer e Maria nunca mais precisou de um namorado.
Samantha encheu sua alma, alma que parecia cheia, mas não estava.
O amor é assim, só descobrimos o quanto ele faz falta, quando o encontramos!

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