sexta-feira, 8 de abril de 2011

A mulher do metrô

José acordou cedo, tomou seu café sossegado, fez sua higiene, se vestiu e foi para mais um dia de trabalho. Era mais um dia comum de um homem comum, pelo menos esse era o plano. Até que seu dia se transforma.
Ele vai caminhando tranquilamente até o metrô, como todos os dias. Para diante do guichê, paga o bilhete e entra.
Sua viagem ia tranquila, até que se senta ao seu lado uma mulher daquelas que não se vê todo dia.
Ela era de seios e ancas fartas, coxas divinamente esculturadas, rosto desenhado pelos anjos e olhos mais belos que qualquer jóia inventada, encontrada ou imaginada por alguém em todos os tempos.
José a olha, e se perde.
Sua imaginação anda pelos mundos mais insólitos. Sua mente esquece do trabalho, do dia e até do ponto onde deveria descer.
É incrível como uma mulher consegue mexer com cada célula do corpo de um homem. As mulheres tem poderes impagavelmente fatais. Um olhar, um gesto, uma palavra, um beijo. Qualquer coisa pode mudar o estado de espírito de um homem, desde que seja feito por uma dessas deusas místicas, que desde de tempos imemoriais, fazem homens matarem homens, reinos caírem e indivíduos se entregarem a todo tipo de vício e escrotidão.
José imagina alguma coisa para dizer, mas dizer o que? Aquela moça ao seu lado lhe rouba até os pensamentos.
Ele, que a tanto tempo não ficava com nenhuma mulher descentemente agradavel de se ver, via aquela moça e delirava. Seu delírio se transformou em cobiça.
Começou a imaginar uma noite enlouquecedora com aquela senhorita ao seu lado. Começou a pensar nela tirando a roupa em quarto de hotel, a cada peça tirada ela lhe beijava loucamente e a cada beijo um arrepio na pele de José.
Depois, completamente nua, ela o excitava de todas as formas que José fosse capaz de imaginar.
Então, de repente, José é interompido em seus devaneios, a moça vira para José e diz:
- O senhor está bem?
- Hã?
- O senhor está suando muito e olha para baixo. - diz a moça com uma certa vergonha.
José volta de seus devaneios e vê. Vê algo que o faz passar vergonha, muita vergonha.
Sua excitação era tanta que não havia o que se fazer senão sair. Sair correndo, do metrô, sair para onde nenhum dos presentes no metrô pudessem vê-lo.
José olha para si e volta ao normal, desceu três estações depois de seu destino, mesmo assim sua vida nunca mais será a mesma. Ele não desejará nenhuma outra mulher,já encontrou a mulher dos seus sonhos, a mulher do metrô.

2 comentários: