sábado, 30 de junho de 2012

Ecce Homo ou Como a gente se torna aquilo que é


      Essa é uma das últimas obras de Friedrich Nietzche, cujo propósito principal consistia em uma ser uma autobiografia que serviria de introdução para seu mais ambicioso projeto filosófico, que era o que ele chamava de “A transvaloração de todos os valores”.

     Em Ecce Homo (Eis o homem), Nietzsche faz uma profundíssima viagem ao interior de sua própria obra e, além disto, uma viagem à própria mente, explicando à humanidade a importância de sua obra. Com títulos egocêntricos e engraçados e com uma finíssima ironia Nietzsche nos ensina e lê-lo.

     Ele também critica duramente a filosofia e a arte produzidas na Alemanha e, em um tom escatologicamente profético, anuncia que um dia seria lembrado como o maior de todos os filósofos e que, no momento da maior crise existencial da história da humanidade, seu nome seria lembrado.

    Ecce homo é a mais perfeita e pura análise da obra de Nietzsche e suas profecias sobre a Alemanha e sobre o homem herdeiro da modernidade são terrivelmente atuais. Seria ele, além de gigante dentre os filósofos, um profeta da pós – modernidade? Teria de fato Niezsche acertado ao declarar a “morte de Deus”  e seria o seu Zaratustra o “arauto dos novos valores”?
    
    Eis as perguntas as quais penso que Nietzsche se orgulharia de fazermos até hoje.






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