sexta-feira, 18 de maio de 2012

Durante a madrugada, eu devaneio


            Perguntaram-me hoje: E aí? Como vai a vida?
            Eu somente teria uma resposta: “Cheia de amores não correspondidos!”.
            Excessivamente romântico para um cronista como eu, que busca sempre escrever baseado em fatos correntes e coisas que de fato acontecem na vida das pessoas.
            Mas parece que o vírus da paixão me pegou, ainda mais agora ouvindo uma canção do Bruce Springsten, muito velho para alguém de 25 anos, mas essa música é tão atual, não sei ao certo o que ela diz, mas é tão bonita que me parece aceitável que ela embale minha escrita.
            Existem mulheres que tem o incrível poder de mexer com a gente sem fazer nada, como se possuíssem uma carga de magnetismo ou uma aura tão poderosa que nos faz cair sob seus pés.
Essas mulheres somente precisam existir e nada há que possa sarar o coitado que por elas se encanta. É incrível como certas mulheres mexem com o nosso imaginário, são como vírus mentais que assolam nossa razão por completo.
            Já estou me sentindo voltando ao normal. A música acabou e já voltei a considerar o amor uma má ideia. UFA!!!!!!!!
            Parece que por essa noite estou a salvo, ou não.
            Ela me faz pensar que tudo pode ser diferente, que posso jogar meus sonhos para o alto e que somente ela me basta. Somente o beijo que eu ainda não provei, o abraço que ainda não experimentei, o sexo do qual eu ainda não gozei.
            Então o devaneio é capaz de me dominar por completo, é capaz de me fazer perder o controle sobre o meu raciocínio, sobre minha escrita. Parece que finalmente sou eu escrevendo.
            Será que terei a coragem de publicar meus escritos?
            Se tiver, caro leitor, saiba que é porque ela não me quis e aí não restará mais esperança.
            Meu destino será pensar em como teria sido e imaginar uma vida junto à minha amada, quando na realidade estarei escrevendo devaneios românticos, crônicas chatas de serem lidas, textos que a ninguém interessa.
            Mas cabe a mim entender e me resignar ao meu destino ou então copiar o Werther de Goethe.

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