quarta-feira, 8 de junho de 2011

O pesadelo de Silvia

Silvia acorda desesperada. Ela teve um pesadelo que lhe fez temer a morte, suas têmporas suavam e seus olhos praticamente não piscam, tamanha é sua expressão de susto. Tem sido assim desde que ela viveu o pior dia de sua vida.
Era uma sexta-feira de madrugada, ela se levantou e foi beber água, olhou pela janela, ventava muito e fazia muito frio. Ela viu as árvores se mexendo e a madrugada caminhava sem sentido fazendo Silvia desejar que que tudo logo tenha um fim.
Sua história começa em um desses dias que tudo parece normal. Nenhuma expectativa de mudança na rotina. Silvia era secretária de uma pequena empresa de embalagens e tinha uma rotina organizada e uma vida calma. Ganhava o suficiente para suas despesas, tinha uma pequena poupança e fazia faculdade de administração. Seu grande sonho era tornar-se executiva, mas como já tinha mais de 30 se mantinha com os pés no chão quanto a essa possibilidade.
Tudo estava em ordem naquela quarta-feira, seu trabalho estava feito faltavam apenas trinta minutos para o fim de seu expediente, ela olhava para o relógio ansiosa, pois teria prova de matemática financeira naquela dia e teria que ter um tempo para rever uma parte da matéria que ainda não havia tido tempo de revisar.
Ela então bate à porta de seu chefe. Sr Osvaldo, o chefe da empresa, é um homem solícito é muito educado, bem casado, feliz e tem 3 filhos lindos e inteligentes, daqueles que dão orgulho a qualquer pai em sã consciência.
- Sr Osvaldo, com licença.
- Pois não dona Silvia.
- Posso sair um pouco mais cedo hoje, tenho prova e não tive tempo de rever toda a matéria …
- Pois não dona Silvia, a senhorita está liberada, boa prova.]
- Muito obrigado Sr Osvaldo!
- Por nada dona Silvia, a senhorita faria o favor de ir ao trabalho amanhã mais cedo? Preciso ver um assunto com a senhorita.
- Pois sim Sr Osvaldo, estarei aqui.
- Boa prova dona Silvia.
- Obrigado!
- Sabe de uma coisa dona Silvia? A senhorita é um exemplo de profissional, merece ser melhor remunerada.
- Fico grata pelo seu elogio Sr Osvaldo – Silvia corou com o elogio de seu chefe.
- Sabe … minha vontade é de te promover! Promover! PROMOVER! - exclama estranhamente.
Osvaldo então olha para Silvia de baixo para cima e de cima para baixo, por três vezes consecutivas, deixando Silvia muito embaraçada.
Silvia era solteira, apesar de ter quase trinta anos, era quase virgem, transou tão pouco que não seria exagero dizer que ela não entende nada de sexo. Teria tido uma experiência na juventude e uma a três anos atrás e para piorar, com o mesmo homem.
Mesmo assim ela sabia excitar qualquer homem, seu olhar de inocente moça virgem é tão convincente que te faz ver que de fato sexo não é seu forte.
Apesar de tudo Silvia se julgava bem resolvida, dizia não sentir falta e não sentia. Algumas mulheres deveriam se tornar freiras de tão pudicas que são. Porém o olhar de Osvaldo tirara a sua harmonia, tinha feito com que ela perdesse o rebolado.
Osvaldo continua olhando para Silvia, ele nunca houvera sequer feito um comentário indecente à sua secretária nunca usou sua posição de chefia para conquistar mulheres, mas naquele dia ele estava estranhamente entregue a alguma espécie de fetiche, que o deixava mais excitado do que um rapaz virgem ante a uma oportunidade real de sexo.
Nunca passara pela cabeça de Osvaldo, mas naquela tarde algo o havia atacado. Fitou os olhos nos lábios de Silvia, estavam vibrantes com um batom vermelho. Abaixando, olhou para o decote comportado de sua funcionária e mais abaixo sua silhueta. Voltava para o decote, pois esse decote era o mais intrigante. Era como se Silvia quisesse dizer, “ tenho belos seios, mas eles não estão disponíveis.
Neste instante, Osvaldo ascende um cigarro. Silvia estranha pois nunca viu seu patrão fumando.
- Sabe Silvia … a vida é muito louca … acontecem coisas que fazem a gente querer jogar tudo para o alto...
- Como assim Sr Osvaldo.
- Sou um corno agora!!!! - grita como quem precisa desabafar!
- Como assim ….
- Tudo seu é Sr Osvaldo pra cá, Sr Osvaldo pra lá! Deixa eu devanear um pouco porra!
- Tudo bem! Posso ir?
- Não, mudei de ideia!
- Mas Sr Osvaldo ..
- Cala a boca! Eu estou falando!
- Sr Osvaldo já chega – fala Silvia com firmeza – não aceito que me trate assim.
- Você nervosa, me deixou excitado!
Osvaldo, puxa Silvia pelo braço e com grande pujança lhe segura a cintura, ficando com o rosto colado à pobre Silvia, que só queria rever as fórmulas que irão cair em sua prova.
Face a face com Silvia, Osvaldo mostra a ela o tamanho de sua excitação reprimida. Silvia sente – se com medo do que pode acontecer e se debate, mas Osvaldo naquele momento mostra uma força fora do normal e lhe segura com muito mais força e lhe prensa à parede.
- Se você facilitar as coisas eu facilito a sua vida aqui dentro.
- Isso é assédio sexual, conheço os meus direitos.
- Vou te mostrar um bom direito agora!
Então Osvaldo a joga em sua mesa e mostra-lhe seu orgão genital. Sílvia sente nojo, pois não gostou muito do que viu. Acho o pênis dele feio, grosso e grande demais para os seu pequeno padrão.
- Vou lhe dar isto! Você quer?
- De maneira alguma!
- Você quer não se faça de dificil …
- Eu me demito! Nunca mais volto aqui!
Nessa instante Silvia sente em seu rosto algo que nunca sentiu antes, uma dor estranha que lhe subiu de súbito por toda a face. Fora um tapa de seu outrora respeitoso chefe.
- Isso é para você aprender!
Então Silvia se acalma ante ao tapa e pensa que pode sair dali brutalmente agredida, deixa ela deixa então com que Osvaldo faça com ela o que ele bem entender.
Pobre Silvia, traída por sua racionalidade.
Osvaldo a joga sob sua mesa e lhe abre a blusa. Silvia tinha seios lindos, que o deixaram alucinado, então ele tira-lhe a saia e a calcinha. Em poucos movimentos ele deixa Silvia de uma forma que um único homem em todo o mundo a havia visto.
A diferença é que João Paulo, seu único namorado, era um homem gentil e que prezava por respeitar as vontades de Silvia, portanto não ligava em fazer sexo em poucas ocasiões visto que estava com Silvia por que ela era uma “moça de família”.
Hoje João Paulo abriu um bordel e transa diariamente com duas mulheres que trabalham para ele e sequer lembra do nome de Silvia.
Na posição que Silvia estava por sobre a mesa, qualquer homem do mundo iria querer possuí-la, mas o felizardo da tarde era Osvaldo que não tardou em violar a pobre Silvia, que sentiu aquele corpo fálico mudar totalmente sua vida.
A cada movimento de Osvaldo, Silvia sentia sair de si um pouco mais de sua dignidade, mas ela resistia firme, não entregaria os pontos, não iria mostrar fraqueza, não choraria, iria tentar sair dali com um pouco do orgulho que lhe restara.
Foi bem mais rápido que Silvia imaginava, Osvaldo ejaculou deveras precocemente. Foi então que ela sentiu um grande alívio e ele uma grande vergonha.
- Entendeu agora?
- O que?
- Ela me traiu, porque eu broxo rápido, ela não tem prazer comigo. Sou incapaz de dar prazer a uma mulher. Sou um fracasso na cama, entendo por que minha mulher me traiu com o jardineiro, com o pedreiro, o eletricista, o padeiro e até com o entregador de pizza que foi lá em casa semana passada.
- Isso não é da minha conta seu corno! – responde Silvia com cada vez mais desprezo por Osvaldo.
- Você não entende mesmo, precisava mostrar para mim mesmo que sou homem de verdade sabe, que eu dou conta do recado, que eu sei daŕ prazer para uma mulher mais eu sou mediocre.
- Muito mediocre – alfineta Silvia já vestida e pronta para deixar a empresa e nunca mais voltar – há e fique sabendo que saindo daqui vou à delegacia de mulher prestar queixa.
- Você está no seu direito, mas acho que não será necessário.
Então Osvaldo vai para trás de sua mesa e saca um revolver, Silvia se assusta e emudece.
Não há mais o que fazer, Osvaldo se mata naquele instante diante de Silvia. O sangue de Osvaldo até hoje vive a escorrer nos sonhos de Silvia, que mensalmente visita o túmulo de seu ex-chefe e desde então Silvia não conseguiu dar para ninguém.
E, provavelmente, nunca mais conseguirá.

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