Questiona-se muito sobre a efetiva necessidade de uma revisão histórica relativa aos atos ocorridos dentre o período de 1964 a 1985, onde o Brasil esteve imerso em um regime ditatorial de exceção, porém, esta revisão é de sumária importância para o adequado entendimento dos fatos ocorridos a seu tempo, pois existem pessoas carentes de respostas sobre seus entes queridos e para que as trevas deste tempo se dissipem por completo.
No entanto, a condução dos trabalhos tem admitido um viés ideológico que criminaliza todo e qualquer militar, ainda que seja no inconsciente coletivo, e sacraliza os militantes dos partidos donos atuais do governo, que à época militavam em guerrilhas armadas, objetivando uma revolução socialista no Brasil, ou seja, trocar a ditadura militar pela "ditadura do proletariado".
Logo, historicamente falando, a ditadura militar brasileira foi cruel e violou gravemente os direitos humanos, porém a "ditadura do proletariado" proposta era ainda mais violadora, vide os exemplos soviéticos, cubanos e similares.
Indubitavelmente, urge saber o que de fato houve neste tempo, porém uma democracia de verdade nasce do livre debate entre os atores históricos de fato envolvidos e não da supressão dos fatos efetivos em prol de uma "verdade do partido".
Como dizia George Orwell, em "1984", "quem controla o presente, controla o passado e quem controla o passado controla o futuro", cabe ao Brasil debater e construir um futuro onde os direitos humanos e a verdade jamais voltem a ser desrespeitados.
Porém, em tempos de leninismo no poder, aguardar um bom e legítimo debate é ser excessivamente inocente.
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