quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Eu acordei, olhei para a rua e as pessoas andavam felizes, era dia de feriado. Feriados são a especialidade dos brasileiros, podemos ter milhares por ano sem se perguntar o porquê.
As crianças corriam atrás de uma bola, as senhoras conversavam nas janelas e alguns homens conversavam aos berros em botequim. Tudo ao som do que há de pior na música brasileira e eu me reverberava por dentro, andando de um lado para o outro do meu quarto. Tudo é tão vago, tão fútil....
Nesses devaneios sigo, sigo a não pensar. Não quero pensar. Desisto de pensar. Meu pensamento não significa nada e não muda o mundo. Não me aproxima de nada, não me leva a lugar nenhum. Caminho numa rua vazia, caminho na rua do pensamento que não significa nada.
Então prefiro não pensar, escrevo apenas essas linhas difusas, confusas, sem nexo, que jamais serão lidas por ninguém visto que meu blog não tem muita audiência.
Prefiro apenas colocar nessas linhas o que antigamente eu colocaria num caderno ou num diário.
Depois eu mudo de idéia e resolvo continuar blogando.
Existe esse verbo? Blogar?
Se não existe, determino agora o seu nascimento.

Eu blog

Tu blogas

Ele bloga

Nós blogamos

Vós blogais

Eles blogam

E eu encerro o post antes de encher o saco de quem me lê!

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