Perguntaram-me hoje: E aí? Como vai a vida?
Eu somente
teria uma resposta: “Cheia de amores não correspondidos!”.
Excessivamente
romântico para um cronista como eu, que busca sempre escrever baseado em fatos
correntes e coisas que de fato acontecem na vida das pessoas.
Mas parece
que o vírus da paixão me pegou, ainda mais agora ouvindo uma canção do Bruce
Springsten, muito velho para alguém de 25 anos, mas essa música é tão atual,
não sei ao certo o que ela diz, mas é tão bonita que me parece aceitável que ela
embale minha escrita.
Existem
mulheres que tem o incrível poder de mexer com a gente sem fazer nada, como se
possuíssem uma carga de magnetismo ou uma aura tão poderosa que nos faz cair
sob seus pés.
Essas mulheres somente precisam
existir e nada há que possa sarar o coitado que por elas se encanta. É incrível
como certas mulheres mexem com o nosso imaginário, são como vírus mentais que
assolam nossa razão por completo.
Já estou me
sentindo voltando ao normal. A música acabou e já voltei a considerar o amor
uma má ideia. UFA!!!!!!!!
Parece que
por essa noite estou a salvo, ou não.
Ela me faz
pensar que tudo pode ser diferente, que posso jogar meus sonhos para o alto e
que somente ela me basta. Somente o beijo que eu ainda não provei, o abraço que
ainda não experimentei, o sexo do qual eu ainda não gozei.
Então o
devaneio é capaz de me dominar por completo, é capaz de me fazer perder o
controle sobre o meu raciocínio, sobre minha escrita. Parece que finalmente sou
eu escrevendo.
Será que
terei a coragem de publicar meus escritos?
Se tiver,
caro leitor, saiba que é porque ela não me quis e aí não restará mais
esperança.
Meu destino
será pensar em como teria sido e imaginar uma vida junto à minha amada, quando
na realidade estarei escrevendo devaneios românticos, crônicas chatas de serem
lidas, textos que a ninguém interessa.
Mas cabe a
mim entender e me resignar ao meu destino ou então copiar o Werther de Goethe.
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