Essa é uma das últimas obras de Friedrich Nietzche, cujo
propósito principal consistia em uma ser uma autobiografia que serviria de
introdução para seu mais ambicioso projeto filosófico, que era o que ele chamava
de “A transvaloração de todos os valores”.
Em Ecce Homo (Eis o homem), Nietzsche faz uma profundíssima
viagem ao interior de sua própria obra e, além disto, uma viagem à própria
mente, explicando à humanidade a importância de sua obra. Com títulos egocêntricos
e engraçados e com uma finíssima ironia Nietzsche nos ensina e lê-lo.
Ele também critica duramente a filosofia e a arte produzidas
na Alemanha e, em um tom escatologicamente profético, anuncia que um dia seria
lembrado como o maior de todos os filósofos e que, no momento da maior crise
existencial da história da humanidade, seu nome seria lembrado.
Ecce homo é a mais perfeita e pura análise da obra de
Nietzsche e suas profecias sobre a Alemanha e sobre o homem herdeiro da
modernidade são terrivelmente atuais. Seria ele, além de gigante dentre os
filósofos, um profeta da pós – modernidade? Teria de fato Niezsche acertado ao
declarar a “morte de Deus” e seria o seu
Zaratustra o “arauto dos novos valores”?
Eis as perguntas as quais penso que Nietzsche se orgulharia
de fazermos até hoje.
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