sexta-feira, 7 de março de 2014

Dois caminhos para o futuro político do Brasil

    Ontem ao assistir o Programa do Ratinho, onde o Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi entrevistado, fiquei a pensar em certos caminhos que nossa política tem tomado. Cabe ressaltar que o programa alcançou notória audiência, ficando atrás apenas da novela global, ainda a maior parte do povo brasileiro prefere pelos gritos histéricos da atual "Helena" que ouvir o que o ilustre deputado pensa. Até aí nada impressiona, o que impressiona é saber que a audiência comum do grande Carlos Massa tem por perfil ser constituída de pessoas simples e raso conhecimento acadêmico e pouco conhecimento dos fatos sociais e históricos que direta ou indiretamente nos afetam.
     Que político consegue isto hoje? Talvez Lula com seu jeitão sui generis para um chefe de Estado, talvez Dilma, por ser a atual líder do governo, quem sabe Aécio ou FHC!? Certamente Feliciano e seu discurso proto fundamentalista. Fato é que poucos políticos brasileiros despertam algum tipo de interesse na população e poucos conseguem propagar suas idéias com sucesso em todas as mídias possíveis. Eis o grande trunfo da nova direita brasileira.
       As opiniões de Raquel Sheherazade são terrivelmente mal fundamentadas, porém geram enorme polêmica e penetram nas mais diversas camadas da população, Marco Feliciano se arvora de ser porta voz da família brasileira, mas não possui mínima capacitação filosófica para tanto, Lobão persiste em um ignorância enciclopédica e quando chamado de reacionário tem a petulância de se comparar a Nelson Rodrigues (isso chega a ser uma blasfêmia), para piorar temos um pseudo filosofo servindo de substrato para toda uma geração de jovens universitários de classe média imersos em um gigante tédio burguês e anacrônicos quanto ao conhecimento que possuem dos fatos históricos.
        Para todos os supra citados, Bolsonaro e filhos são vozes ativas, firmes, contundentes e que representam seus sonhos e aspirações.
         Penso que em uma democracia de fato, todos estes que citei tem de existir e tem o direito de ter voz ativa na mídia e em todos os meios possíveis, uma vez que representam os anseios de uma pare considerável da população brasileira, pois apesar dos mais de dez anos de governo de esquerda e, se contarmos o PSDB como esquerda moderada, chegamos a 20 anos de governo esquerdista, o povo brasileiro é essencialmente conservador e este anseio por uma grande liderança direitista se acentua com a insatisfação para com o atual estado do país e principalmente pelo atual estado da segurança pública no Brasil.
          O título do texto fala sobre dois caminhos e tive que deixá-los para o final após tanta divagação. Um caminho, ao meu ver inevitável, é o crescimento acentuado dos partidos de viés conservador e a escalada dos políticos que assim se proclamarem, o outro, apenas possível, é o do endurecimento e fanatização das políticas esquerdistas, criando uma bipolaridade perigosa para a democracia não tão saudável do Brasil.
          Ou seja, vivemos um tempo onde há um vácuo de poder à direita e que Bolsonaro e Feliciano estão se unindo para ocupar e parece que a esquerda moderada e o centro não querem enxergar e, enquanto esta força não ganhar força nas urnas, o PT governa.
          AI DE NÓS!

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