Francisco sentou-se em sua poltrona. Era uma curta viagem, seriam apenas 40 minutos ligando uma cidade a outra. Retirou de sua mochila um grosso volume de A República de Platão, Faltavam 5 minutos para o ônibus sair. Ao ouvir o barulho do motor do ônibus, entra uma moça no ônibus, linda, completamente linda.
Ela se senta ao lado de Francisco, diz "Boa tarde", Francisco lhe retribui a saudação. A moça coloca os fones, inclina a sua poltrona e fecha os olhos.
Francisco a olha para a moça de cima até os pés. Logo, já pode supor o distinto leitor, Platão deixou de ser o objeto das atenções de Francisco. Começa ele a pensar quem seria aquela garota, o que fazia da vida e até mesmo como ela seria na cama.
Em seus devaneios, Francisco vê um piercing no nariz da moça. Ele nunca em sua vida havia namorado, ficado ou transado com uma moça de piercing. Mas algo ele sabia por intuição. "Mulheres com piercing são um estouro".
Perdõe caro leitor pelas gírias e pensamentos conservadores de Francisco, mas ele tinha mais de 50 anos e era um homem profundamente conservador, embora nunca tenha casado e nem tido filhos. As gírias de Francisco e seu entedimento do mundo torna uma conversa entre ele e um adolescente completamente ineficaz.
Voltando à narrativa.
Os devaneios de Francisco começam a tomar a sua mente. Várias perguntas começaram a intrigá-lo, primeiramente se ela só teria aquele piercing ou se por acaso ela teria outros e onde seriam esse piercings, em segundo lugar ele começou a imaginar o que essa garota estaria ouvindo em seu IPOD, o que ela fazia da vida e principalmente se ela honrava a fama das mulheres de piercing.
Ele pensava, pensava e A República de Platão ia ficando de lado.
De repente a moça de piercing acorda e olha para Franciso.
- Olá estranho! - disse a moça imitando uma fala da Natalie Portman no filme Close.
- Oi - responde Francisco monossilábico.
- Você gosta de Platão?
- Sim - agora além de monossilábico Francisco treme e começa a suar frio.
- Adoro esse livro, embora discorde profundamente do livro X, penso na poesia de outra maneira ... - e vai discorrendo sobre A República, mostrando entender do assunto.
- Pera aê - o mundo de Francisco parou para ele descer - Você lê livros?
- E por que não leria? - pergunta a moça com espanto.
- O que você está ouvindo? - Francisco continua o questionário.
- Bom, você é estranho mesmo. Estou ouvindo a 8ª sinfonia de Mahler segundo movimento.
- Hã?
- O que eu tenho de estranho?
- Nada - responde Francisco com a mente dando um nó - Mas então o que mais você gosta de ler?
- Posso declamar Fernando Pessoa para você!
- Sério?
- Vou descer daqui antes da rodoviária e dormir em um motel na estrada, posso te ensinar "O Guardador de Rebanhos" se você quiser me acompanhar.
Francisco emudeceu, acompanhou a moça e teve a melhor noite de sua vida.
Muitas perguntas de Francisco foram respondidas naquela noite, principalmente a sua dúvida sobre os piercings, ele descobriu mais dois um no umbigo e outro para aguçar a imaginação do leitor.
Ela se senta ao lado de Francisco, diz "Boa tarde", Francisco lhe retribui a saudação. A moça coloca os fones, inclina a sua poltrona e fecha os olhos.
Francisco a olha para a moça de cima até os pés. Logo, já pode supor o distinto leitor, Platão deixou de ser o objeto das atenções de Francisco. Começa ele a pensar quem seria aquela garota, o que fazia da vida e até mesmo como ela seria na cama.
Em seus devaneios, Francisco vê um piercing no nariz da moça. Ele nunca em sua vida havia namorado, ficado ou transado com uma moça de piercing. Mas algo ele sabia por intuição. "Mulheres com piercing são um estouro".
Perdõe caro leitor pelas gírias e pensamentos conservadores de Francisco, mas ele tinha mais de 50 anos e era um homem profundamente conservador, embora nunca tenha casado e nem tido filhos. As gírias de Francisco e seu entedimento do mundo torna uma conversa entre ele e um adolescente completamente ineficaz.
Voltando à narrativa.
Os devaneios de Francisco começam a tomar a sua mente. Várias perguntas começaram a intrigá-lo, primeiramente se ela só teria aquele piercing ou se por acaso ela teria outros e onde seriam esse piercings, em segundo lugar ele começou a imaginar o que essa garota estaria ouvindo em seu IPOD, o que ela fazia da vida e principalmente se ela honrava a fama das mulheres de piercing.
Ele pensava, pensava e A República de Platão ia ficando de lado.
De repente a moça de piercing acorda e olha para Franciso.
- Olá estranho! - disse a moça imitando uma fala da Natalie Portman no filme Close.
- Oi - responde Francisco monossilábico.
- Você gosta de Platão?
- Sim - agora além de monossilábico Francisco treme e começa a suar frio.
- Adoro esse livro, embora discorde profundamente do livro X, penso na poesia de outra maneira ... - e vai discorrendo sobre A República, mostrando entender do assunto.
- Pera aê - o mundo de Francisco parou para ele descer - Você lê livros?
- E por que não leria? - pergunta a moça com espanto.
- O que você está ouvindo? - Francisco continua o questionário.
- Bom, você é estranho mesmo. Estou ouvindo a 8ª sinfonia de Mahler segundo movimento.
- Hã?
- O que eu tenho de estranho?
- Nada - responde Francisco com a mente dando um nó - Mas então o que mais você gosta de ler?
- Posso declamar Fernando Pessoa para você!
- Sério?
- Vou descer daqui antes da rodoviária e dormir em um motel na estrada, posso te ensinar "O Guardador de Rebanhos" se você quiser me acompanhar.
Francisco emudeceu, acompanhou a moça e teve a melhor noite de sua vida.
Muitas perguntas de Francisco foram respondidas naquela noite, principalmente a sua dúvida sobre os piercings, ele descobriu mais dois um no umbigo e outro para aguçar a imaginação do leitor.
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